A religião é como sair para jantar com amigos.
Todo mundo pode pedir algo diferente, e ainda se sentar na mesma mesa.

Dalai Lama

 

Todas as religiões podem ser boas e auxiliar as pessoas. Mas a melhor é aquela que nos transforma em pessoas melhores, mais humildes e generosas.

Não sei qual seria a religião de Nelson Mandela, que foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra; vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1993.

Ao sair da prisão, questionado como se sentia, disse: “Quando eu saí em direção ao portão que me levaria à liberdade, sabia que, se não deixasse minha amargura e meu ódio para trás, ainda estaria na prisão”.

Jesus Cristo havia dito bem, bem anteriormente: “Se quereis a perfeição, amai os vossos inimigos, para serdes filhos do Pai que faz com que a chuva caia sobre justos e injustos e o sol se levante sobre bons e maus”.

Do Cristo (o enviado) surge o Espiritismo (a terceira revelação), que vem explicar a existência de leis materiais e espirituais que regulam nossa vida e destino. “A lei natural é a lei de Deus; a única verdadeiramente necessária à felicidade do homem. Indica-lhe o que deve ou não deve fazer, e ele só é infeliz porque se afasta dela. … É eterna e imutável como o próprio Deus“. (1)

Toda a lei de Deus está fundamentada numa das máximas de Moisés, de amor ao próximo, que Jesus reforça, deixando um novo mandamento: “Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós” (João 13:34).

Segundo Allan Kardec, o “progresso da humanidade tem seu princípio na aplicação da lei de justiça, amor e caridade; e essa lei é fundada na certeza do futuro”.

Quando indaga aos espíritos superiores qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, tal como Jesus a compreendia, obtém a resposta: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições alheias, perdão às ofensas”.

Na vida tudo vai passando. Como o rio no seu leito, tempo seco e água limpa, tempo chuvoso e barrenta. Passa o tempo da colheita, com seus frutos, passa a tempestade com suas desgraças. Depois vem o tempo de recomeço.  Nada tem fim, mas tudo passa, permanecendo o amor e a sabedoria, que vamos conquistando no desenrolar de nossas experiências.

Na caminhada, pode-se parar e descansar, mas é preciso seguir adiante e não desistir da pessoa em que você está se transformando, porque evoluir leva tempo, mas vale a pena ser melhor. Pense nisto muitas vezes: “Como posso ser melhor na minha família, no meu trabalho, na minha vida social, na minha religião?” Quando você sentir que a alegria de outra pessoa é a sua alegria, você estará descobrindo o significado de permanecer no amor e na sabedoria.

 

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo, diretor da Editora EME

1) O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Editora EME.