O “rei” da jovem guarda, Roberto Carlos, canta em O Homem: “Que além da vida que se tem/ Existe uma outra vida além e assim…/ O renascer, morrer não é o fim”.
Essa composição ele dedica a Jesus, e numa parte dela diz: “Tudo que aqui ele deixou/ Não passou e vai sempre existir/ Flores nos lugares que pisou/ E o caminho certo pra seguir”.
Tem muita gente com pouca fé, ainda, lembrando a lição do Mestre aos seus discípulos. Vimos muito neste ciclo da pandemia da covid-19. Adultos fortes desencarnando, e outros, idosos, superando a enfermidade.
Um desses idosos, nosso amigo e que esteve internado no hospital público, sem plano de saúde, era alertado com gracejo pela enfermeira chefe da área: “Olha, meu amigo, não deixe entubarem você, porque você vai para o saco”.
Realmente era isso que acontecia, já que a medicina não tinha certeza de quase nada, quando o paciente falecia era colocado num saco preto, e o corpo era sepultado em caixão lacrado, todos com aparatos para não se contaminarem, e o sepultamento sem velório agravava o luto na pandemia, pois os familiares vivem despedidas solitárias.
Essa fase passou. Descobriram novos medicamentos e produziram diversas vacinas com contraindicações, mas, na dúvida razoável (como se diz em direito “princípio do in dubio pro reo”, não tem provas suficientes que vão lesar), então vamos nos vacinar. A aplicação em massa trouxe um alívio para todos nós. Eu também comemorei, também não tenho plano de saúde: Viva o SUS.
E agora, essa nova cepa, ômicron, já que o vírus não está morto e continua progredindo (alfa, beta, gama, delta e ômicron), é considerada mais transmissível, mas com menor risco de levar a casos de gravidade (a identificação das cepas com nomes do alfabeto grego foi usada pela OMS com o intuito de facilitar a comunicação, a notificação de casos e reduzir preconceitos).
Na minha igreja (Centro Espírita Mensagem de Esperança) recebemos muitos pedidos de prece e oramos pelos enfermos no hospital, e depois na própria casa, inclusive com os recursos terapêuticos da imposição de mãos e também da fluidificação de água. Com a vacina, reduziu, em muito, o número de mortes, porque a vacina está fazendo o efeito protetor.
Deus está no controle e morte não é morte, é vida.
Jesus contou a história do mendigo Lázaro e o homem rico, que se encontraram depois da morte, um nos braços de Abrahão, e o outro pedindo ajuda.
O Mestre subiu num monte para meditar e levou três discípulos que confiavam nele e eram habituados à oração, e se manifestam dois homens que tinham vivido na Terra, um havia quase 1.200 anos, Moisés, e o outro de 800 anos antes, que era o profeta Elias; Jesus conversou com eles sobre a morte de seu corpo.
Confiemos em Deus e confiemos em Jesus, mas façamos nossa parte. Os médicos e cientistas estão na Terra a serviço do Arquiteto e eles podem nos curar.
Jesus não morreu e voltou para dizer que a vida continua.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo, diretor da Editora EME